Fanfic - Midnight Memories

19/12/2013 15:46

A estreia dessa fic por aqui espero que gostem :)

PERSONAGENS:

LUCY HALE: 

HARRY STYLES: 

ALEX PETTYFER:                                                  ASHLEY BENSON: 

LOGAN LERMAN: 

SELENA GOMEZ:                                                   ALEXANDRA DADDARIO                                      JUSTIN BIEBER:

 

CAP. 1: É MUITA COINCIDÊNCIA

“Pode ser que um dia o tempo passe... 
Mas, se a amizade permanecer, 
Um de outro se há de lembrar. 

Pode ser que um dia nos afastemos... 
Mas, se formos amigos de verdade, 
A amizade nos reaproximará
.

Amizade Eterna – Albert Einstein

Estava saindo da reitoria da minha faculdade, (https://www.polyvore.com/lucy..faculdade/set?id=96200962) pegando alguns papeis que precisava para sair de férias. Finalmente férias! Eu não aguentava mais, já estava suplicando por uma folga, digo que estudar muito não faz bem, te deixa maluco. Não me leve a mal eu gosto de estudar, mas tudo de mais cansa não é? Hoje era sexta-feira, e amanha eu não trabalhava (status: dançando a Macarena na fila do mambo. Normal? Eu? Claro...). Peguei meu celular para ligar pra Ashley.

Ligação ON                                          

_ Fala Lu, se for sobre aquela bota, eu já disse que não vou esquecer de comprar pra você.

_ Nossa, estou bem também dona Ashley, liguei pra saber quando você volta.

_ Ah... Eu não sei, estou pensando em prolongar mais um pouco o intercambio está tão bom aqui.

_ Não! Você não pode, tem que voltar pra casa logo. Eu tô com saudade

_ Eu sei, eu sei, estou brincando sua boba. Volto daqui a duas semanas.

_ Ainda... Não da pra apressar não?

_ Calma só falta entregar meu ultimo trabalho por aqui, ainda teria mais uma semana para curtir, mas vou voltar por sua causa.

_ Sabe que eu te amo né minha loira.

_ Esta dizendo isso só por causa da bota não é?

_ Não posso sentir mais saudades da minha amiga?

_ Deixa quieto. Melhor preparar uma comida bem gostosa quando eu chegar porque sinto falta da sua comida, vivi aqui a base de fast- food aqui.

_ Vou fazer seu prato preferido.

_ É bom mesmo. Tchau.

_ Tchau, e não...

_ Não esquecer sua bota, já sei, já sei.

_ Beijos – disse e desliguei.

Ligação OFF

Acho que o meu entusiasmo me deixou cega porque eu esbarrei em alguém, só que como Deus me abençoou com minha incrível altura claro que eu cai, e acho que dei um mau jeito no pé. Que ótimo no dia que saiu de férias fico com o pé ferrado.

_ Ai!

_ Meu deus, me desculpa é que eu estava tão apressado que nem te vi – ate porque eu sou invisível né? Dor do caralho...

_ Ai, droga, meu pé... – ele veio ate mim pegando minha mão para que eu me apoiasse e disse.

_ Se machucou? – prestei mais atenção em sua voz e senti que a reconhecia de algum lugar. O olhei e ai sim a ficha tinha caído.

_ Harry? – será ele mesmo?

_ Sim... Como sabe meu nome?

_ Sou eu idiota, Lucy – ele continuou me olhando com duvida, mas pareceu ter lembrado quando praticamente me rodou no ar. – que é isso garoto, esta ficando louco?

_ Lucy, nossa... Há quanto tempo... – ele me colocou no chão para dar uma olhada em mim.

_ Pois é... Cinco anos. E ai veio me visitar?

_ É... Na verdade não. Vim fazer a minha transferência da faculdade e você o que faz aqui? – mas é uma anta mesmo.

_ Eu estudo aqui né, ou você acha que eu vim dar um passeio no campus? – santa ironia.

_ Mas você não muda mesmo não é – o que posso fazer se ele é meio lerdo. Fui apoiar meu pé no chão, mas não consegui. Com essa surpresa acabei esquecendo que caí, e quando tentei ficar de pé me desequilibrei e quase caio novamente se não fosse Harry me segurando. – o que foi?

_ Esqueci que machuquei meu pé – disse fazendo uma careta de dor.

_ Foi mal. Quer ajuda?

_ Não precisa acho que eu consigo. – tentei novamente por meu pé no chão, mas como da ultima vez não consegui.

_ É, acho que não. – ele passou minha mão pelo seu pescoço e foi me ajudando a andar. – você está de carro?

_ Não eu vim de metro hoje... Ai, cuidado.

_ Desculpa. Eu vim de carro, te levo para casa.

Fomos ate o estacionamento, ele abriu a porta para mim e me colocou com cuidado no banco do carona. Enquanto dirigia fomos conversando, contando as novidades, fazendo muita palhaçada como nos velhos tempos.

_ Ei! Eu conheço essa blusa. – ele disse rindo.

_ Eu também, a comprei com o meu primeiro salario então é meio difícil de esquecer sabe...

_ Eu achava que tinha uma igualzinha a essa.

_ Ei! Nem pense nisso! Só porque perdeu a sua não vai pegar a minha. – disse fingindo estar brava.

_ Ok, ok... – disse dando uma risada fraca – e ai onde você mora?

_ (endereço real de uma rua em Londres), sabe onde é? – não entendi muito bem quando ele me olhou surpreso depois começou a rir – o que foi?

_ É que eu também moro nesse condomínio.

 _ Sério?! Nossa que coincidência, só falta agora você ser meu vizinho. – não sei por que disse isso já que sei que não existem muitas casas a venda ou postas para alugar, que eu saiba tinha apenas uma, que era a minha.

Continuamos conversando e dessa vez foi à vez de lembrar a minha adolescência. Não me lembrava de ser tão retardada assim. Chegamos ao condomínio, na verdade nem sei se podia se chamar disto, porque era aberto, não tinha nenhum tipo de portão, apenas um porteiro não sei o porquê. Se não tem portão para que porteiro? Mas ok.

_ Eai Charles. – disse ao meu porteiro preferido, ele era muito legal, tudo que precisássemos ele resolve. Desde um problema com os canos, a uma companhia para conversar. Ele acenou para mim e falou algo, só que sem som. Tive que ler seus lábios “depois vamos ter uma conversa mocinha” – ele é um segundo pai para mim, parece que quer me proteger de tudo. Já que o meu não estão por aqui arranjei um postiço.

_ Pronto, chegamos. - ele disse estacionando o carro.

_ Valeu. Foi bom te reencontrar. – fui abrindo a porta e antes que eu saísse ele me puxou de volta para o carro, saiu e me ajudou a sair.

_ Esqueceu que deu um mau jeito no pé? – passou meu braço pelo seu ombro e começamos a andar. Não estava dando muito certo porque ele tinha que se curvar muito pra chegar à minha altura. Olha só, mais uma vantagem da minha altura. Sintam a ironia. Então ele parou.

_ O que foi já está cansado?

_ Não, talvez assim melhore. – pois é, ele me carregou – levinha, levinha. Fazendo regime Lucy?

_ Jamais, querido. Talvez seja resultado das suas bombas que anda tomando porque você nunca conseguiu me carregar. – ele soltou uma risada gostosa.

_ Não, eu é que estou forte mesmo – disse se gabando.

_ Antes você era mais humilde.

_ Só que não.

_ OK, vamos ficar aqui discutindo sua humildade perdida ou vamos andar a minha casa já que me ofereceu carona?

_ Tudo bem senhora, mas não se acostume. – indiquei a ele onde era a minha casa e ele seguiu minhas instruções subitamente.

_ O que foi?

_ Você mora nessa casa?

_ Moro, por quê?

_ Porque eu também eu moro aqui.

CAP. 2: NÃO PERGUNTE DE ONDE VEM O TROVÃO

Me desculpe pelas noites
Mal dormidas que causei
Pelas brigas incansáveis
E o valor que eu não te dei

Olhos nus – P9

 

_ Você mora nessa casa?

_ Moro, por quê?

_ Porque eu também eu moro  aqui. 

 

_ Acho que eu já sabia disso – disse baixinho. Afinal eu já sabia que a casa ao lado da minha estava sendo vendida, só não sabia para quem.

_ Espera. A moça que me vendeu disse que a casa era meio que dividida em duas, como se fosse duas republicas, é você que mora na outra? – ele disse surpreso.

_ Não está obvio?! Vamos entrar – eu sei que é meio complicado de explicar, mas vou tentar.

Quando não tinha nada aqui nessa área, foram vendidos lotes para as pessoas a baixo custo, e eram lotes enormes. Como a pessoa que comprou o lote onde hoje nossas casas era muito esperta, construiu duas casas num mesmo lote, sendo que um ela alugava e outro ela morava. Mudei-me pra cá aos 16 anos e no começo minha mãe pagava o aluguel, mas como nada na vida são flores, ela disse que aos 18 eu começaria a pagar o aluguel, mas em vez disso eu hipotequei a casa e agora ela é minha. A antiga dona das casas se chamava Sra. Rita González, era uma descendente de mexicanos e britânicos. Uma pessoa muito legal, a avó que qualquer neto gostaria de ter, digamos que ela era a minha vovó emprestada. Com meus pais longe eu precisava de alguém com experiência pra me aconselhar na cidade grande e ela me ajudou muito. Mas ela morreu mês passado e sua filha vendeu a casa que ela morava, ou seja, a casa ao meu lado, ou seja, a casa onde Harry iria morar. Deu pra entender? Se não, me desculpe, foi o melhor que consegui fazer.

_ Espera que eu vou pegar a chave dentro da minha bolsa. – estávamos na frente da minha casa e peguei a chave na bolsa abrindo a porta. Ele me ajudou a entrar e mesmo relutando fiz ele me soltar e fui mancando um pouco até o sofá. – lar doce lar. – disse e me joguei no meu lindo sofá

 Ele ficou parado um tempo do lado de fora. – pode entrar, é linda não é.

_ Realmente ficou muito bonita, quem decorou?

_ Eu oras. Digamos minha casa foi a minha cobaia para meu trabalho pratico da faculdade – acho que ainda não comentei que faço faculdade de designer, pois fiquem sabendo agora.

_ Fez um ótimo trabalho, você tem talento pra isso.

_ Obrigada. Mas agora eu tenho que tomar um banho, estou toda suada. Ai que nojo. – ia me levantando quando Harry já ia me oferecer ajuda para andar – pode deixar gentleman daqui por diante consigo ir sozinha.

            Fui para o banheiro , tirei a minha roupa e tomei um banho quente e relaxante. A cura para qualquer coisa é um banho quente, meu tornozelo melhorou muito, quando andava só sentia apenas uma pontada, mas nada de muito grave. Coloquei logo meu pijama (https://www.polyvore.com/lucy/set?id=97613639). Fui para a cozinha

 e fui preparando um miojo básico e para acompanhar... Nada. Eu sei cozinhar, mas estava com preguiça hoje. Estava colocando a agua para ferver quando percebo que a tv estava ligada e tinha um ser jogado no meu sofá e com MEU controle na mão. Fiquei com ciúme. Fui ate lá e fiquei na frente da televisão.

_ Você nem é folgado né?

_ Não mesmo. É minha recompensa por ter carregado uma gorda ate a casa dela.

_ Gorda! Que gorda? Eu tenho excesso de gostosura meu filho, e você ia fazer esse caminho de qualquer jeito, ou esqueceu que você mora aqui do lado?

_ Tá, tá. Agora sai da minha frente e vai fazer um miojo pra mim.

_ Quanto?

_ Acho que vai precisar fazer dois, como você acha que eu mantenho esse corpinho?

_ Não. Eu quero saber quanto você esta me pagando para ser sua empregada porque ate agora não recebi nenhum cheque querido.

_ Melhores amigas são empregadas de graça.

_ Então corte aqui que a amizade acabou.

_ Serio?!

_ O que? Ainda tenho alma de criança, não tenho culpa se você ficou ranzinza.

_ Quem é ranzinza aqui? – levantou e começou a me fazer cosquinha, só que o ele não sabe que eu não sinto mais cocegas. – qual é? Você não sente mais cocegas?

_ Não, agora para de graça e levante a sua bunda daí. E se quiser miojo venha me ajudar. – disse e fui para a cozinha e ele me seguiu.

_ E aí, o que eu tenho que fazer?

_ Nada, só me faça companhia. Ah! Esqueci de perguntar, como vai o Liam? – ele não me respondeu – Harry?

_ Ãhn, ah, foi mal, o que você perguntou? – juntei-me a ele que estava apoiado no balcão.

_ O que foi? Você sabe que pode conversar comigo. Sei que tem alguma coisa te incomodando – olhei em direção a varanda e vi que começava a chuviscar. – parece que vai chover.

_ Deixa pra lá, não era nada de importante.

_ Tá senhor Misterioso. – me rendi, mas estava curiosa em saber o que ele estava pensando. Voltei-me para o preparo do miojo. Já mexia o tempero ao macarrão quando o senti tocar perto da minha nuca e me arrepiei. Não pensem besteira, quem é que não sente arrepios na nuca?

_ O que é isso? – ele passou a mão por uma parte da minha tatuagem.

_ Nada de importante. O miojo está pronto quer seco ou cremoso?

_ Não respondeu á minha pergunta.

_ Nem você a minha.

_ Prefiro seco.

_ Não me referi a essa pergunta. – entreguei o prato a ele e sentei no sofá. Ele me seguiu e também sentou no sofá e lá comemos o miojo em silencio ao som da chuva que agora havia piorado. O clima estava tenso, dava para ver que eu estava chateada com ele, não gosto quando ele me esconde as coisas.

_ Foi isso que quase destruiu a nossa amizade, sabia? – por dentro estava revoltada, mas com a maior calma do mundo respondi:

_ Você sabe muito bem que não foi por isso.

_ Ah, é? Então me diz qual foi, porque ate hoje eu quero saber o motivo de você ter saído da escola e da cidade daquele jeito.

_ Já disse que foi por causa dos meus estudos.

_ Porque será que eu acho que esse não foi o único motivo? – ele disse baixinho, mais para ele do que para mim. O resto do jantar foi silencioso. Quando terminei, fui levantar para colocar o prato na pia e ele segurou a minha mão.

_ Esta bem. Você venceu, o que quer saber?

_ Só o que esta escondendo de mim.

_ OK. – ele me acompanhou ate a cozinha, ouvimos o som alto e estridente de um trovão e assim que voltamos a sentar no sofá, todas as luzes se apagaram. – O. Que. Foi. Isso – ele disse pausadamente. Não conseguia me mover, estava em choque.

_ Lucy! Cadê você, não estou te vendo – bateria na cabeça dele por ser idiota, esta tudo escuro. Ouvi ele tatear o sofá ate me achar e me envolver num abraço forte. Não dissemos nada, ele apenas alisava meus cabelos e me apertava mais forte quando eu me tremia de medo. Naquela noite eu tive um pesadelo, um sonho que eu não tinha há muito tempo e que mesmo ao longo dos anos não consegui esquece-los.

FLASHBACK ON

Homes Chapel, janeiro de 1993, casa dos Hale’s (Lucy – 10 anos)

_ Não tem nada passando na televisão mãe.

_ Calma querida, daqui a pouco passa o Bob Esponja. – minha mãe disse  alisando meus cabelos vendo que eu estava impaciente. Num tempo em que ela não tinha que sair salvando todo o mundo e me esquecendo dentro de casa.

Naquela noite depois do desenho, minha mãe quis me colocar para dormir, mas eu não queria. Ate que ela me deu um copo de leite que me convenceu a ficar deitada, mas não dormi, pois meus pais tinham tido um briga horrível. Não fiquei com sono naquele dia. Estava tudo escuro, chovia e a casa estava no total silencio, fui ate o quarto dos meus pais e não encontrei nenhum deles lá.

Fui ate a cozinha pegar um copo de agua, liguei a luz. Mas enquanto bebi a agua houve uma queda de luz, não me importava, não tinha medo do escuro, mas o que realmente me assustou foi o trovão logo em seguida. Foi tão forte que eu deixei o copo cair e eu gritei por minha mãe e meu pai, mas nenhum dos dois veio. Eles estavam ocupados demais com seu trabalho, qualquer cirurgia era mais importante que eu, mas sabia que eles me amavam. Então porque eles não vieram quando eu gritei, quando eu pedi socorro?

Tudo piorou quando senti minha mão molhada, fui ate a gaveta de meu criado-mudo pegar uma lanterna e em seguida fui ao banheiro. Quando foquei a luz em minhas mãos só pude ver o sangue envolvendo ela, e não me lembro de mais nada depois disso. Apenas um clarão, um borrão.

FLASHBACK OFF

Depois daquele dia começava a tremer quando ficava no escuro sozinha, e ninguém sabia daquilo, apenas Ashley, Harry meus melhores amigos e eu mesma.